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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O que a Bíblia diz sobre "Halloween"



A tentativa de fazer com que o dia 31 de Outubro entre para o nosso calendário como “Dia das Bruxas” está, infelizmente, caminhando a passos largos. Ano após ano, escolas, clubes e outros grupos aproveitam a data para “comemorar” o Halloween utilizando-se de fantasias de bruxas, fantasmas e duendes, com abóboras e mamões transformados em caveiras...

Neste contexto, de um modo geral, surgem duas visões divergentes a este respeito: de um lado, há os que pregam veementemente contra esta comemoração, acusando-a de ser uma festa satânica, e de outro há os que acreditam se tratar de uma celebração inocente, sem nenhum mal. Como cristãos, acreditamos que nossa referência é a Palavra de Deus. Portanto, neste estudo vamos procurar estabelecer alguns princípios bíblicos para a viabilidade ou não das festas de Halloween.

        Um pouco de História: A comemoração do Halloween teve início na Irlanda, há mais de 3 mil anos, no chamado Samhain - festival da colheita dos celtas. Os Druidas (magos celtas) acreditavam que nessa noite a janela que separava o mundo dos vivos do mundo dos mortos desaparecia, e as almas dos mortos regressavam numa visita aos lares terrenos. Para manter esses espíritos contentes e afastar os maus espíritos de seus lares, os celtas deixavam comida e doces na parte de fora de suas casas, e realizavam rituais com sacrifícios humanos.

        Significado espiritual: Em nossos dias, tanto no calendário pagão (movimento neo-pagão), como na bruxaria e no satanismo (adeptos da Igreja Mundial de Satanás), o Halloween é a data mais importante do ano. Rituais para invocação de espíritos, comunicação com os mortos, adivinhações, e até mesmo a adoração e evocação do próprio Satanás são realizados de maneira pródiga neste dia.

         Conseqüências: Embora muitos defendam o Halloween como uma festa folclórica da cultura norte-americana, e o comércio incentive a comemoração visando tirar proveito dela, não podemos fechar os olhos para as nefastas conseqüências que esta “comemoração” traz para as pessoas e para a nossa nação. Vamos enumerar algumas:


        1) Todos os valores enaltecidos nas festas de Halloween são contrários à boa, agradável e perfeita vontade de Deus para as nossas vidas:
  • Morte: “Todos os que me aborrecem [a Deus] amam a morte.” (Provérbios 8:36)
  • Bruxaria e Feitiçaria: “Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria...” (Deuteronômio 18:10)
  • Comunicação com os mortos: “Não permitam que se ache alguém entre vocês que faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas” (Deuteronômio 18:11-12)
  • Ocultismo: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.” (Efésios 5:11-12)

        2) Embora muitos participem de tais comemorações de maneira inocente e lúdica, sem o objetivo de adorar a Satanás, indiretamente estarão fazendo isso. Observe as palavras do próprio Jesus Cristo:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6:24);
        "Quem não é por mim é contra mim." (Mateus 12:30).

        3) A popularização de figuras como bruxas, feiticeiros, duendes, caveiras e espíritos malignos presentes no Halloween, faz com que, a médio e longo prazo, crianças e adultos, não só aceitem tais figuras e valores, mas as amem! É uma espécie de condicionamento através do qual, as pessoas passam a amar e a admirar os valores satânicos, tão abomináveis diante de Deus. "Aquilo que uma geração tolera, a próxima adota como estilo de vida normal". O contato constante com estes valores afeta nossa sensibilidade de tal maneira que, o que antes parecia feio e errado, nos pareça normal e aceitável. Assim, ao sermos coniventes com esta “festa”, estaremos condenando as próximas gerações a aceitarem como corretos e aprazíveis os componentes do Reino das Trevas:

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5:20)

CONCLUSÃO:

         Embora nem todos tenham consciência disso, uma tremenda guerra espiritual está ocorrendo bem acima de nossas cabeças, e o Halloween é uma das estratégias do Diabo e suas Hostes espirituais para tentar enaltecer e popularizar as obras das trevas. Cabe a cada um de nós demonstrar verdadeiro repúdio a esta maldita celebração importada dos EUA. Como disse Eddy Andrade Pinos, diretor regional da Cultura no Equador há alguns anos atrás: "Nada temos que fazer com bruxas nem abóboras, tampouco enganar as crianças com contos de bruxas"... Também nenhuma escola pode obrigar seus alunos a participarem destas festas, uma vez que ultrapassam o campo cultural e acadêmico, e violam princípios cristãos. Por isso, por amor a Jesus, não tomem parte destas coisas!
“Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor; vivam como filhos da luz e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor.” (Efesios 5:8, 10)


Autor: Márcia Rezende
Fonte: www.estudosgospel.com.br

 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Compatibilidade no relacionamento

The Love School (Escola do Amor) é um programa dedicado a pessoas que querem aprender como ser feliz no relacionamento. Assista: www.iurdtv.com de 2ª a 6ª às 15hs.

Neste vídeo, é entrevistado um casal que enfrentou sérios problemas de incompatibilidade de temperamentos. E conta como conseguiu transformar "um limão numa limonada" e salvar o casamento.




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Gospel black music

Gosto muito da música cristã dos negros estadunidenses. Não nego que tenho sangue crioulo nas veias! (Apesar da minha "brancura Rinso"! Acredite se quiser!) :-) Gosto do ritmo, do timbre e da força de suas vozes. E, principalmente, porque eles celebram ao Senhor Jesus com muita animação, e cantam a Ele de coração. Os cristãos africanos também louvam assim.

Quero compartilhar com vocês uma canção intitulada 'Victory', na voz de Yolanda Adams, cantora cristã estadunidense muito conhecida lá. Segue a letra traduzida e boa audição!


Vitória

[Coro]
Eu tenho, consegui a vitória
Eu tenho a doce, doce vitória em Jesus
Sim eu tenho, Ele é nosso poderoso conquistador
Nele eu confiarei, todas as minhas batalhas Ele lutará
Eu tenho, consegui a vitória
Eu tenho a doce, doce vitória em Jesus
Por mim, Ele morreu, mas Ele ressuscitou no terceiro dia
É por isso que eu tenho a verdadeira vitória todos os dias


Sinceramente, eu estive pela tempestade e chuva
Eu conheço tudo sobre mágoa e dor
Mas Deus me carregou por tudo
Sem Sua proteção seguramente eu cairei
Meu nome não valia uma moeda de dez centavos
Mas todas as minhas contas conseguiram ser pagas
Pois eu chamei o nome de Jesus
Você não pode me dizer que Deus não é real
Porque eu tenho a vitória, e é por isso que eu ainda estou aqui

[Coro]

Não estou preocupado com coisas materiais e não tenho
Sou apenas abençoado, pois eu sei que meu Salvador está aqui
Porque eu sei que minha bênção está a caminho
Eu não posso ver isto agora mesmo, mas me levanto pela fé
Tenho lutado muitas, muitas batalhas em Seu nome
Eu sustentei a bandeira manchada de Sangue e proclamei
Que Jesus é a verdade e a luz
Acredite em mim quando eu digo que Ele fará tudo certo

[Coro]

Sim
Eu tenho a vitória, sim
Eu tenho a vitória, sim, sim, sim
E se você conseguiu a vitória cante junto comigo
Sim
Eu consegui a vitória, sim
Eu consegui a vitória, sim, sim, sim
Cante isto comigo eu tenho a vitória

[Coro]

Ooh, Sim
Eu tenho a vitória, sim
Eu tenho a vitória, sim, sim, sim
sim, sim
Ooh, Sim
Eu consegui a vitória, sim
Eu consegui a vitória, sim, sim, sim
Cante isto comigo eu tenho a vitória

[Coro]




sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A ordem correta das coisas

O objetivo principal de Deus é nossa salvação eterna e nossa comunhão íntima com Ele durante o tempo de vida que tivermos aqui neste mundo. Enquanto a pessoa não alcança isso, ela continua vazia e insatisfeita. Até poderá alcançar benefícios exteriores pela força do próprio braço (bens materiais, constituir família, ...), poderá até receber uma libertação espiritual, receber uma cura divina. Mas seu espírito continuará enfermo, afastado do Senhor Jesus Cristo e condenado à perdição eterna. E poderá até perder tudo o que conquistou e até os benefícios espirituais que recebeu! Pois quem fundamenta sua vida sobre o que é transitório, ao invés de a edificar sobre a Rocha eterna, que é o Senhor Jesus, está sujeito a isso.

Talvez você veja pessoas que não tem o que você tem. Porém chama sua atenção a paz, a alegria e a comunhão com Deus que elas buscam e têm alcançado. Até o semblante delas é diferente. Você chega até a sentir inveja! Amigo(a), saiba que não tem segredo: busque, primeiro, o Reino de Deus. Busque ter um encontro pessoal com o Senhor Jesus. Renuncie seu orgulho pessoal, bem como o orgulho religioso que não tem levado você a lugar algum. Trabalhe em parceria com o Espírito Santo em prol da transformação do seu interior. Você passará a ter um novo pensar, a mente de Cristo. Você passará a encarar a vida e o dia-a-dia pela ótica de Deus. Aí, sim, Deus acrescentará tudo o mais em sua vida. E não terá nada, nem ninguém, nem forças negativas nenhumas que poderão tirar de você aquilo que o Senhor Deus acrescentar em sua vida. Pode confiar, porque você não será frustrado(a). Pois você estará fundamentado(a) na Palavra desse Deus que "... não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa ..." (Números 23.19a) Pense nisso. 


[Disse o Senhor Jesus]: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
(Mateus 6.33) 




terça-feira, 18 de outubro de 2011

Testemunho do poder e do amor de Deus

Assista ao testemunho de transformação de vida do Sr. Mário, ex-mendigo que era conhecido por "Biro Biro do Breque". 

"Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne [com conhecimento intelectual], nem muitos os poderosos [ricos e influentes], nem muitos os nobres que são chamados.    Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; 
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 
 Para que nenhuma carne [pessoa] se glorie perante Ele."
 (1 Coríntios 1.26-29) 





segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Leia e medite



"Porque Cristo enviou-me [Apóstolo Paulo falando] [...] para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã. 
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. 
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. 
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;  
Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. 
Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 
Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; 
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 
 Para que nenhuma carne se glorie perante ele.  
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 
 Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor." 
(1 Coríntios 1.17-31)


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mistérios

O Monumento al Ahogado (em português, Monumento ao Afogado) é uma escultura de cinco dedos parcialmente enterrados na areia, localizada na Parada 4, na Praia Brava, em Punta del Leste, um popular balneário do Uruguai. É coloquialmente referida por: Monumento Los Dedos (Monumento Os Dedos) ou  La Mano (A Mão).

Imagine que você nunca tivesse visto antes uma mão com seus cinco dedos. Ou seja, que fosse algo totalmente desconhecido pra você. E, de repente, você visse surgir a sua frente os cinco dedos acima. Você ficaria, no mínimo, espantado, não é verdade? Você pensaria: "Que coisas estranhas são essas? Que medo!", seria a sensação que experimentaria.

Certa vez, estava lendo na Bíblia o primeiro capítulo do livro de Ezequiel. Já havia lido outras vezes esse trecho, onde o profeta Ezequiel teve uma visão da glória de Deus e ficou simplesmente terrificado. Mas, naquele dia, li de uma forma diferente. Li e fiquei indagando: "Deus, o que será que o profeta viu? Que visão tremenda! Gostaria de entendê-la." Aqui está o capítulo do livro pra que você se inteire ou se lembre da visão que Ezequiel teve: 

http://www.chamada.com.br/biblia/?pesq=ezequiel+1

Coincidentemente (se é que existem coincidências), na mesma época em que li esta passagem bíblica, meu irmão e minha cunhada também leram. E fizeram pra Deus a mesma pergunta que fiz, com a mesma curiosidade por entendê-la. Por aqueles dias, minha cunhada precisou viajar pra sua cidade natal, Campo Grande. E teve uma vontade enooooorme de levar pra ler na viagem um livro de meu irmão, escrito pelo físico Michio Kaku, e intitulado Hiperespaço. Meu irmão achou graça dela querer levar logo um livro de Física Quântica pra ler na viagem! Pois ela levou e começou a ler. E não é que, num determinado momento da leitura, ficou de queixo caído? A resposta do nosso questionamento estava ali, num livro de Física! A verdadeira Ciência estuda, procura entender e dá nomes àquilo que Deus criou. Legal, né? Esta obra do Dr. Kaku é tida como polêmica. Mas não é que sua teoria é correta? Deus nos mostrou que sim, tanto que dirigiu minha cunhada a lê-la pra entender a visão do profeta.

O negócio em questão nem é o quê o profeta viu (isso, não se sabe ao certo), mas por que ele viu da forma como viu. O exemplo dos dedos da mão (partes de um todo) acima lhe ajudarão a entender. E assista com atenção o vídeo abaixo com o saudoso físico Carl Sagan e você entenderá.

Observação: Só pra facilitar o entendimento: lembre que nós vivemos na terceira dimensão (composta por altura, largura e comprimento [ou profundidade]). Falar em "quarta dimensão" é apenas uma pequena tentativa de se referir àquilo que está além da dimensão em que vivemos, e que nos é desconhecido. Pois existem dez dimensões de espaço e uma dimensão de tempo, perfazendo um total de onze dimensões. Tente imaginar a grandeza de Deus, que está acima das onze dimensões vendo tudo o que acontece nelas. E tente imaginar o amor de Deus por nós a ponto de enviar Seu Filho até essa terceira dimensão pra salvar a todos quantos O receberem como Senhor e Salvador. Um Deus tão grande, mas que está atento a cada ser humano. Tão atento que chega a responder às indagações sinceras feitas por nós. Um Deus que está perto, e que quer se revelar a nós. Pois deseja ter intimidade com o ser humano.


"Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes."
(Jeremias 33.3) 


Quarta Dimensão - por Carl Sagan


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fazenda Nova Canaã

A Fazenda Nova Canaã, na cidade de Irecê, é um Oásis de esperança em meio ao sofrimento da seca no sertão da Bahia. Veja um pouco do trabalho maravilhoso que é desenvolvido.




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

AGIR X REAGIR


O jornalista norte-americano Sydney Harris conta uma história em que acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desceram pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?


- Sim. Infelizmente, é sempre assim.


- E você é sempre tão polido e amigável com ele?


- Sim, sou.


- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?


- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.




A implicação desse diálogo é que a pessoa tem capacidade de escolha de como agir. E que não deve se curvar diante de qualquer vento contrário, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não é o ambiente que a transforma, mas ela que transforma o ambiente. O ser humano precisa ser um Agente, e não um Reagente.




terça-feira, 4 de outubro de 2011

Fábula musicada

Outro texto de meu irmão Davison, uma fábula musicada. Boa leitura e boa audição!



Diretamente de nosso departamento de mitos sonoros e alegorias instrumentais:

"FÁBULAS MUSICADAS"

Edmund e o Monstro da Caverna

By Davison Lampert

Feliz e despreocupado, andava Edmund pelo mundo (e por onde mais haveria de ser?), quando percebeu, para seu espanto, que perdido estava. A noite caía e o frio terrível ameaçava descontinuar sua existência.

Procurou abrigo e encontrou uma funda, escura e apavorante caverna. Mas sem alternativas, e já desfalecendo pela ação do frio, entrou.

À medida que penetrava na lúgubre gruta, sentia que algo o observava atentamente. Com medo, resolveu voltar. Mas, ao tentar sair, deparou-se, bafo-a-bafo, com a mais terrível, medonha, monstruosa, aterrorizante e grotesca criatura que seus olhos ou quaisquer outros olhos já haviam visto: O monstro da caverna.

Edmund correu como um louco, e só conseguiu enfiar-se mais para dentro na labiríntica toca. Acabou encurralado entre duas estalagmites e completamente grogue pelo ultrafétido jato de urina que o monstro lançou sobre ele.

O Monstro, mostrando todos os dentes que possuía em sua enorme bocarra, perguntou ao Edmund, com a mais apavorante voz já emitida por um ser vivo, o que ele queria ali na sua caverna.

Edmund, atordoado pelos efeitos alucinógenos do monstruoso mijo, respondeu ao monstro.

O monstro, ao ouvir aquela resposta, lembrou de velhas histórias de seu passado e resolveu não trucidar o invasor, ao menos naquele momento, e perguntar-lhe por que estava cruzando aquela mata fechada a essa hora da noite.

Edmund, já saindo de seu tonteio químico, abaixou a cabeça e disse porque resolveu caminhar por aquelas terras, em vez de usar o meio de transporte apropriado para a região.

Sentindo que o monstro não era assim tão mal quanto parecia (afinal, ele o havia poupado até aquele momento), procurou iniciar um diálogo na tentativa de conseguir convencer a criatura a libertá-lo. Sem saber muito bem por onde começar, perguntou ao ente se ele estava só naquela escura caverna.

Ele respondeu que gostava de paz e silêncio e ameaçou partir para cima de Edmund, que logo pegou seu banjo de estimação e disse:
- Espera aí, Sr. monstro, deixe-me alegrar um pouco essa sua toca com minha música.

O monstro, alucinado pelos estridentes acordes em seus sensíveis ouvidos, tomou o banjo das mãos de Edmund e o mastigou.

Vendo a besteira que havia feito, Edmund atirou-se de joelhos pedindo perdão por tamanha idiotice e tornou a inquirir o monstro, mas dessa vez tentando tocar o seu lado sentimental, se é que existia tal coisa em tal criatura.

Perguntou-lhe então onde estava sua companheira, pois certamente viver naquele covil sem uma outra alma pra lhe fazer companhia deveria ser muito triste.

O monstro, baixando sua cabeça em visível tristeza e deixando cair seus braços até suas mãos tocarem o solo (os braços dos monstros são bem compridos), contou então para Edmund o que houve entre ele e a sua monstrinha, e como a perdeu.

Ali estava, era sua chance de conseguir ajudar o monstro - e a si mesmo, por tabela - e conquistar sua amizade. Tratou logo de perguntar o que havia ocorrido, dizendo que seria muito bom desabafar isso com alguém (vivo, de preferência).

O monstro, então, sentou no chão e, com lágrimas, contou-lhe como sentia remorso das coisas ruins que havia dito e como queria consertá-las. Contou-lhe de seu amor pela monstrinha e de como a queria de volta, embora cresse que isso jamais ocorreria.

Edmund, conhecendo a alma feminina como ninguém (ninguém dentro daquela caverna, pelo menos), falou o que o monstro precisava para ter sua garota de volta. Disse-lhe que não precisava ter medo, pois se ela amasse da mesma forma que ele, saberia reconhecer sua mudança e o aceitaria de volta.

Disse ainda que ele poderia cantar uma canção apaixonada para ela, visto que isso sempre ajuda.

Só que Edmund ficou preocupado com algo. Pensou ele com seus botões: "Se a voz desse monstro é tão horrível assim, talvez ele não saiba cantar e, tentando assim mesmo, certamente sairá pela culatra o nosso tiro!". Querendo acabar com essa dúvida, pediu ao monstro que cantasse algo, só para treinar um pouco.

E o monstro cantou. E como cantou.

Edmund disse que ele estava pronto e que tinha absoluta confiança que haveria de ser bem sucedido em sua empreitada.

E saíram daquela caverna cantando e sorrindo como nunca. O monstro, pelo novo ânimo adquirido e pela nova perspectiva de vida. Já Edmund, somente pela perspectiva de vida, mas era mais do que suficiente por aquele dia.

Contam as lendas que eles reataram seus laços, que tiveram muitos monstrinhos e que viveram monstruosamente, mas felizes para sempre.





segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Visão do mundo

Este texto é de meu irmão Davison. O personagem-narrador chama-se Edmund Bonaparte, um sujeito meio maluco, mas gente fina. :-)



Visão do Mundo
By Davison Lampert

Certo dia, olhei para o horizonte, cerrei as sobrancelhas e, num furioso impulso, disse:
- BASTA!

Não podia mais tolerar aquela situação. Tinha que tomar medidas enérgicas e acabar com aquela palhaçada de uma vez por todas. Estava decidido, e nenhuma força natural iria impedir-me de seguir minha resolução. Fui ao oftalmologista, peguei minha receita e mandei fazer meus óculos.

Já estava cansado de perder o ônibus porque não podia ler sua identificação até o momento em que ele estivesse a oito metros de distância. Já estava farto de olhar para o mundo e ver somente borrões verdes, no lugar das árvores, manchas cinzas, no lugar dos prédios, e massas disformes, no lugar das pessoas.

Certamente, como todo o lunático, estou exagerando um pouco nos fatos. Minha miopia é de somente meio grau e provavelmente o mundo nunca foi tão medonhamente distorcido quanto eu acreditava estar vendo. É claro que, somados o meio grau de miopia com o outro meio grau de astigmatismo, eu era acometido por um efeito equivalente a um grau de miopia em cada olho. E esse um grau de miopia me estava levando a um grau de loucura que achei por bem aniquilar logo no início, antes que tomasse maiores proporções.

Apesar de minha teimosia e de minha profunda resistência em utilizar equipamentos de auxílio visual, acabei por acatá-los. Entretanto, sabia que não poderia valer-me de armações muito espessas, já que utilizo muito da visão periférica para me movimentar pelo mundo, e a ideia de ter meu campo visual significativamente reduzido não me trazia encanto. Já havia experimentado aqueles óculos de segurança que têm aros grossos e laterais cobertas por uma tela plástica e que, para o meu caso, poderiam muito bem ser chamados de óculos de insegurança, pois não houve cabo, trilho, pedra, estrutura, desnível, rachadura ou qualquer outro elemento saliente próximo ao nível do solo que eu não tivesse chutado ou tropeçado.

Por fim, após muita busca, encontrei a armação que satisfazia a todos os aspectos ópticos, práticos e econômicos de minha necessidade visual. Uma armação leve, muito delgada e, o melhor de tudo, barata (levando-se em conta o superior benefício proporcionado).

É bem verdade que algumas vezes chego até mesmo a esquecer que a estou utilizando, a ponto de enfiar os dedos na lente quando da necessidade de esfregar os olhos. Alguma alma furiosa e acusatória poderia apontar-me o dedo e, bufando, inquirir:
- Por que você não fez isso antes?

Talvez essa demora em minha decisão me tenha proporcionado algo muito melhor em longo prazo. Devo confessar que talvez essa tenha sido uma das melhores surpresas que já me aconteceram até o momento. Quão inesquecível foi redescobrir, depois de tantos anos, todos os detalhes da natureza, as folhas, as rachaduras das cascas das árvores, o aspecto granuloso das nuvens, a rica quantidade de matizes que só um por-do-sol pode exibir, e todos esses minúsculos pormenores que carregam a essência do que é belo nesse mundo e que eu já havia esquecido.

De certa forma, todos nós, com o passar dos anos, nos acostumamos com essas particularidades a ponto de não mais as perceber, e um mundo cheio de detalhes e rico em beleza é simplesmente ignorado e substituído por um fundo cinza onde desempenhamos nossa rotina.

Aqueles óculos podem ter somente remediado a miopia de meus olhos, mas com certeza curaram a miopia de minha mente.





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