In memoriam

Hoje, faz quatro anos que minha mãe partiu pra estar com o Senhor Jesus. Seu nome era Dinorá (*18/05/1945 – +26/01/2007), e se tratava de uma pessoa de muitos predicados. Meu pai teve a bênção de encontrá-la. Dona Dinorá era uma mulher cristã sábia. Daquele tipo de pessoa que vale a pena parar pra ouvir, pois sempre tem algo edificante pra dizer. Seus conselhos, suas opiniões, sua experiência de vida... Era muito inteligente e habilidosa também; só não fazia chover e não fazia dinheiro (pra não ir presa). Detestava quando as pessoas desistiam fácil sem ter se esforçado tentando. Ela dizia: “Nunca diga que não pode antes de provar que não pode!” Era pensativa; estava sempre lendo e procurando aprender algo novo. Pintava quadros e em tecido muito bem. Gostava de cantar; tinha uma voz contralto muito bonita. Também era divertida (ela nos fazia rir com suas histórias e tiradas) e uma pessoa otimista. Pacífica, ficar brava era ‘uma vez no ano’. E sempre procurava compreender e perdoar as pessoas. Era justa e altruísta. Tinha, ao mesmo tempo, força e leveza de espírito. Era do tipo de pessoa com quem a gente gosta de estar. Uma pessoa da qual este mundo vil não era digno. Enfim, era uma pessoa especial!

Poderia continuar escrevendo sobre tudo o que minha mãe representou pra mim e pra todos que conviveram com ela. Pois teria muito a dizer. Mas como relembrar é viver, é melhor parar por aqui. Mas não poderia deixar que esta data passasse sem registrar aqui essa singela homenagem. Nem sem agradecer a Deus pelos anos de convivência que nos concedeu. É uma pena que aqueles que Deus acrescentará a minha vida não terão o privilégio de conhecê-la... Mas Ele sabe o que faz; a gente não sabe o que diz! Apesar da saudade que, de vez em quando, ainda bate a nossa porta, temos este grande consolo: a certeza de que minha mãe está melhor do que nós, pois já está nos braços do Pai celeste. Francamente, existe consolo maior e lugar melhor pra se estar?

“Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito [Santo], para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os acompanham.”
(Apocalipse 14.13b)

Segue uma canção que minha mãe gostava muito, uma de suas preferidas. Compartilho-a com todos vocês.